Polícia de São Paulo prende suspeito de matar Gegê do Mangue, líder do PCC

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta segunda-feira (9) Renato Oliveira Mota, 34, suspeito de envolvimento na morte de dois líderes da fação criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) -eles eram conhecidos como Gegê do Mangue e Paca.

O homem foi encontrado no bairro da Penha, na zona leste da capital paulista. Os policiais monitoraram por 10 dias o prédio no qual ele estava morando.

O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará expediu um mandado de prisão contra Mota em 2018, data do crime. A polícia não divulgou detalhes de qual teria sido seu papel no crime. A reportagem não conseguiu localizar sua defesa. O nome dele consta na lista de procurados da Interpol.

Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, eram considerados as principais lideranças do PCC fora dos presídios quando foram mortos, em fevereiro de 2018.

Eles estavam num helicóptero, numa viagem com destino final à Bolívia, após arem férias no litoral do Ceará. O veículo fez um pouso não programado numa clareira no meio da mata de uma reserva indígena, em Aquiraz (CE), onde ambos foram assassinados. Os corpos foram deixados na mata.

Gegê e Paca foram acusados por outros membros da facção de terem desviado dinheiro do PCC. Essa teria sido a motivação da morte, segundo um bilhete encontrado na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde à época estava presa a cúpula da organização criminosa.

A investigação do caso apontou que dentro do helicóptero estava Wagner Ferreira da Silva, 32, conhecido como Cabelo Duro. Já a ordem para as mortes teria partido de Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como “Fuminho” –que foi preso em Moçambique dois anos depois.

Uma semana após a morte de Gegê do Mangue e Paca, Cabelo Duro foi morto com tiros de fuzil em frente a um hotel no Jardim Anália Franco, na zona leste da capital paulista. Sua morte, segundo as investigações, foi uma resposta à sua participação no assassinato dos dois líderes do PCC.

Cabelo Duro era apontado como o principal líder da facção criminosa no litoral paulista. No momento em que foi morto, ele era alvo de um mandado de prisão da polícia do Ceará, pela suspeita de sua participação no duplo assassinato. Ele era dono do helicóptero usado no crime.

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