SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) teve oscilações na avaliação de seu governo que representam um respiro entre os segmentos mais pobres e na região Nordeste, reduto eleitoral do petista, mas com desgaste entre os brasileiros de classe média ou com renda mais alta, segundo nova pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (12).
Nos dados gerais, ele marcou 28% de avaliações ótimas ou boas após dois anos e seis meses de mandato, ante 40% que o acham ruim ou péssimo no governo. O levantamento mostra um freio à recuperação na imagem do mandatário, diante da crise dos descontos em aposentadorias pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Entre os eleitores que declararam receber até dois salários mínimos por mês, o presidente registrou aprovação de 32%, ante 30% na rodada anterior, em abril, e reprovação de 33%, contra 36% há dois meses, com margem de erro de três pontos para mais ou para menos. O grupo representa 51% de toda a pesquisa.
Já entre os nordestinos, são 37% de avaliações boas ou ótimas, ante 38% em abril. A oscilação não representa uma recuperação na região, já que em dezembro o petista tinha 49% de aprovação, mas é um respiro em relação a fevereiro, quando as opiniões positivas tombaram para 33%. A margem de erro do segmento é de quatro pontos, e a faixa representa 26% de todos os ouvidos.
Em outros grupos caros ao mandatário, como as mulheres, o registro foi de estabilidade -30% agora, mesmo dado de dois meses atrás. Lula tenta focar este eleitorado para garantir seu apoio nas eleições de 2026, mas políticas públicas com efetividade posta em xeque e recorrência de falas consideradas machistas são desafio.
O mesmo ocorreu entre pessoas pardas e pretas: nos dois grupos o presidente oscilou de 28% em abril para 29% em aprovação, com margem de três e cinco pontos, respectivamente. Já entre brancos, a aprovação oscilou negativamente de 29% para 26%, e margem de erro de quatro pontos.
O Datafolha entrevistou presencialmente 2.004 eleitores com 16 anos ou mais em 136 cidades brasileiras entre a terça-feira (10) e a quarta-feira (11). A margem de erro no índice geral da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, mas este valor varia conforme o segmento analisado.