SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, surgiu como um possível candidato a suceder o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, informou a Bloomberg News nesta terça-feira (10), citando pessoas familiarizadas com o assunto, o que foi imediatamente negado pela Casa Branca.
Bessent se junta a uma pequena lista de candidatos ao comando do Fed, que inclui a ex-autoridade do banco central Kevin Warsh, que Trump entrevistou anteriormente para o cargo de secretário do Tesouro, acrescentou a Bloomberg.
Uma autoridade da Casa Branca descartou a reportagem da Bloomberg como falsa.
Trump disse na sexta-feira (6) que nomearia um sucessor para Powell muito em breve. A Bloomberg, citando duas pessoas não identificadas familiarizadas com o assunto, informou que as entrevistas formais para o cargo ainda não começaram.
Bessent está liderando a iniciativa de reforma do comércio global de Trump e tem participação na pressão por mudanças nos impostos e na regulação.
O aumento da especulação em torno da sucessão de Powell ocorre em meio a novos ataques de Trump ao atual presidente do Fed.
Após a divulgação de dados de emprego abaixo do esperado, Trump voltou a exigir publicamente um corte agressivo nos juros, pedindo que o banco central reduza as taxas em um ponto percentual completo.
Em postagem na plataforma Truth Social, o ex-presidente criticou Powell com veemência, afirmando que o Fed está agindo “tarde demais” e que, “apesar dele”, a economia americana continua a se sair bem.
Ao mesmo tempo, a possibilidade de interferência direta de Trump no comando do Fed vem sendo observada com atenção por analistas e autoridades. Uma recente decisão da Suprema Corte dos EUA sugeriu que o banco central pode estar juridicamente protegido contra tentativas do Executivo de demitir seus dirigentes.
Embora o tribunal tenha mantido temporariamente demissões de membros de outras agências promovidas por Trump, indicou que a estrutura única e quase privada do Fed garante aos seus membros proteções mais robustas, o que poderia limitar os poderes de um eventual novo governo Trump sobre a política monetária.