Após estacionamento, gestão Nunes faz jardim de chuva sob Minhocão

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Depois de abrir um bolsão de vagas para estacionamento sob o viaduto Presidente João Goulart, o Minhocão, no centro de São Paulo, a gestão Ricardo Nunes (MDB) iniciou no sábado (7) obras para a construção de jardins de chuva em outro trecho.

Incluídas no que a prefeitura chama de segunda fase de requalificação da rua Amaral Gurgel sob o elevado, as obras devem abranger quatro quarteirões, entre as ruas Cunha Horta e Jaguaribe, e incluem um bolsão para taxistas, pontos de bicicletas para aluguel e trepadeiras instaladas nos pilares do Minhocão, junto dos jardins de chuva.

A prefeitura afirma que a cidade tem, atualmente, 420 jardins de chuva, com meta de chegar a mil unidades até 2028. As estruturas são divididas em três camadas: um poço de infiltração de 1 m de profundidade, pedras, brita e solo e, na superfície, uma camada com flores. Os jardins contam com reservatórios subterrâneos para armazenar a água da chuva que serão integrados à rede de drenagem da Amaral Gurgel.

A previsão para a conclusão das obras é de 30 dias, segundo a prefeitura. Jardins de chuva estão previstos para o trecho entre as ruas Santa Isabel e Cunha Horta.

No fim de abril, a prefeitura começou a instalar estacionamentos sob o viaduto, após anúncio do vice-prefeito, coronel Mello Araújo (PL), cujo objetivo anunciado era combater o acúmulo de lixo no canteiro da avenida —o local é um ponto de concentração de pessoas em situação de rua.

Em agenda na China e no Japão, Nunes enviou um vídeo de um viaduto em Tóquio com o canteiro central tomado por vegetação. “Nossa ideia é tornar espaços que estão feios em espaços bonitos”, disse, à época, o prefeito.

As novas vagas, eram previstas 16 no projeto, não tinham sinalização. A prefeitura afirmou que o bolsão tinha caráter experimental e não respondeu sobre regras de uso do local.

No fim do mês, reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que uma oficina em frente às vagas usava a estrutura como pátio, e que o projeto havia resolvido um problema. Em seguida, a gestão Nunes afirmou que as vagas ariam a ser Zona Azul —quando há cobrança e limitação de tempo de uso.

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